É lamentável o quanto alguns filmes conseguem desperdiçar todo o seu potencial, mesmo estando recheado de grandes estrelas. Esse é justamente o caso de “O Caçador e a Rainha do Gelo”, uma mistura de prólogo e continuação de “Branca de Neve e O Caçador”. O filme simplesmente não convence e, além disso, adota um ritmo lento e entediante.
Antes de Ravenna (Charlize Theron) ser derrotada pela Branca de Neve, sua irmã Freya (Emily Blunt) fugiu para o deserto onde construiu um Castelo de Gelo. Lá, ela treinou um exército de caçadores assassinos. Quando ela descobre que o Caçador (Chris Hemsworth) e Sara (Jessica Chastain) se apaixonaram, ela os expulsa e os faz acreditar que eles nunca mais irão se encontrar. Após ser traída, Freya traz sua irmã Ravenna de volta à vida, e as poderosas irmãs malignas bolam um plano para conquistar a Floresta Encantada.
O longa, dirigido por Cedric Nicolas-Troyan (diretor da segunda unidade e supervisor de efeitos visuais no filme original), acaba utilizando alguns artifícios tradicionais em sua construção, como a ideia de um narrador que explica ao espectador os acontecimentos históricos que ocorrem na trama. O roteiro, escrito por Evan Spiliotopoulos e Craig Mazin, é muito previsível e bastante batido. Há algumas passagens em que os personagens fazem questão de explicar suas ações, o que acaba soando como certo menosprezo a inteligência do público. Há diálogos pedantes e pouco significativos. Os aspectos positivos do filme são os seus efeitos visuais, que são muito bons, o seu figurino e o design de produção, riquíssimos em detalhes.
Quanto ao elenco, Chris Hemsworth e Jessica Chastain são totalmente mal aproveitados. Emily Blunt até consegue ter algumas passagens fortes, mas sua personagem passa 90% do longa sendo mera marionete da irmã. Já Charlize Theron é a única que consegue se destacar e sempre rouba a cena.
“O Caçador e a Rainha do Gelo” consegue a façanha de ser ainda pior do que “Branca de Neve e o Caçador”, o que já é um feito monumental. Não traz nada de inovador e apela para uma aventura piegas que subestima o seu próprio público alvo.
Avaliação: 🌟 ✨ (1,5 de 5 estrelas)
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